Título: A relação entre coordenação motora e atividade física em crianças dos sete aos 10 anos de idade: um estudo longitudinal
Autor: Cleverton José Farias de Souza
Orientador: Go Tani
Descrição: Tese de doutorado
Data: 2011
URI: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-26012012-085225/en.php
Resumo:
Estudos mostram que a coordenação motora (CM) melhora com o passar do tempo e apresenta relação com os níveis de atividade física (AF), mas ainda não se sabe como essa relação muda ao longo do tempo. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre essas duas variáveis e a sua mudança em crianças dos sete aos 10 anos de idade, mediante um método longitudinal de pesquisa. A amostra constou de escolares de três projetos que receberam auxílio financeiro do Edital Universal do CNPq. O objetivo central desses projetos foi avaliar diferentes aspectos do crescimento físico, desenvolvimento motor, atividade física e aptidão física de crianças e adolescentes de seis a 14 anos de idade, da Rede de Ensino da cidade de Muzambinho – MG. Das 5 coortes constituídas, o presente estudo analisou os dados de 87 crianças (45 meninos e 42 meninas) da coorte de 7 anos, coletados dos sete aos 10 anos de idade. A CM foi medida com a bateria de testes motores KTK e a AF por meio do questionário de Godin e Shepard. Foram analisadas as mudanças normativas das duas variáveis ao longo do tempo. Para a análise da relação entre elas e a sua mudança no período estudado foram constituídos subgrupos com base no valor mediano do grupo em cada variável, ou seja, combinando-se crianças com CM alta e baixa e crianças com AF alta e baixa em cada avaliação. Os resultados normativos mostraram que o desempenho da CM melhorou ao longo do tempo e o da AF se manteve. Não se observou associação entre os níveis de CM e AF em nenhuma das avaliações. Os resultados da mudança na relação entre os níveis de CM e AF não mostraram nenhum padrão específico. Esses resultados permitem inferir que a relação entre a CM e a AF necessita levar em consideração não apenas o nível de AF, mas também a sua adequação no que se refere ao desenvolvimento da CM.
Trabalho na íntegra: